Afogados da Ingazeira sedia o lançamento do Projeto Mulheres, Tecnologias e Agroecologia

Afogados da Ingazeira sedia o lançamento do Projeto Mulheres, Tecnologias e Agroecologia
Cerca de 100 mulheres de 12 municípios participam do projeto


Nesta manhã (17) a Casa da Mulher do Nordeste deu início ao Projeto Mulheres construindo tecnologias sociais e gerando renda no Sertão do Pajeú, com agricultoras representando 12 municípios do território. O projeto foi aprovado pelo Edital público da Fundação Banco do Brasil e o BNDES, com o convênio celebrado até 2021.

Cerca de 100 mulheres estão participando deste momento de planejamento das ações do projeto, que pretende fortalecer a autonomia econômica e sua auto-organização territorial. O objetivo nos próximos anos de trabalho é replicar a Tecnologia Social do Fogão Agroecológico integrado aos quintais produtivos para a geração de renda e a autonomia política das mulheres do Sertão do Pajeú. Para Graciete Santos, diretora geral da CMN, essa é uma oportunidade de retornar o trabalho de assessoria feminista no Sertão do Pajeú. “Temos a perspectiva de garantir estratégias que possam ampliar e qualificar a produção das mulheres nos quintais com a caderneta agroecológica, e investir nas agroflorestas, na biodiversidade. Para que isso não só reflita no autoconsumo das famílias, como também no acesso à mercados”, disse.

A programação desta manhã, contou com uma mesa de abertura com a presença de parceiros locais e organizações que irão acompanharam de perto o desenvolvimento do projeto nos municípios, como: o Centro Sabiá, a Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, a Diaconia, a Adessu, o Fórum de Mulheres do Pajeú, o NEPPAS (UFRPE), o Dadá (UFRPE), o Instituto Federal de Afogados da Ingazeira, o Sindicato Rural do município e a Coordenadoria da Mulher de Afogados da Ingazeira. Sara Rufino, responsável pelo Projeto, fez a apresentações das ações, que compõem a construção de fogões agroecológicos, a formação através da Escola Feminista, Campanha Pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico, fortalecimento de Sistemas Agroflorestais e dos quintais produtivos, e o acesso à mercados para a geração de renda.

Ainda pela manhã, as mulheres se reuniram em grupos para refletir sobre as dificuldades que enfrentam em seus municípios, e as expectativas em relação ao projeto. Para Joselma Vasconcelos, de São José do Egito, a dificuldade está na organização coletiva das mulheres e no acesso à mercados. “Nós fazemos a produção de forma individual e isso dificulta na produção e na venda, e acreditamos que o projeto irá nos ajudar a se organizar coletivamente e aumentar nossa capacidade de produzir. Juntas, somos mais fortes”, disse. A programação continua com o planejamento das ações nas comunidades pela tarde, e a noite acontece uma noite cultural com poesias e batucada feminista da República Feminista do Sertão do Pajeú.

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