Projeto Mulheres Construindo Tecnologias e Gerando Renda encerra com encontro presencial

Mulheres agricultoras do Sertão do Pajeú se reuniram em Triunfo para o Encontro de avaliação final do Projeto Mulheres Construindo Tecnologias e Gerando Renda no Sertão do Pajeú, realizado pela Casa da Mulher do Nordeste. Um projeto que foi impactado diretamente pela pandemia, mas que encontrou alternativas para continuar as atividades, sem perder a essência e tornar os sonhos uma realidade.

Durante o encontro, as mulheres apresentaram o que começaram a desenvolver nas suas comunidades, os grupos produtivos levaram suas produções com uma grande variedade, entre eles: mel, bolos, pães, doces, polpa de frutas. Para Sara Rufino, assessora técnica da Casa, o projeto apesar de ter sido impactado pela pandemia, conseguiu adaptar as atividades e as mulheres aproveitaram a oportunidade. “A assessoria técnica foi realizada de forma remota, e conseguimos realizar de forma online as duas Escolas Feministas, as diversas capacitações para geração de renda, qualidade da produção, práticas agroecológicas e marketing. Mas também, as mulheres enfrentaram alguns desafios, como ter equipamentos adequados para participar de forma remota das atividades, muitas não tinham aparelho de celular disponível ou apresentaram dificuldades com a internet. Então buscamos formas coletivas para garantir a participação”, dsse.

“A gente só tem a agradecer o desempenho e a chegada desse projeto. Apesar da pandemia, de tanta doença, a Casa estava sempre se comunicando através das redes sociais com a gente. Fazendo os cursos e a gente participando. A chegada do fogão também foi uma maravilha, fez a gente produzir nosso próprio pão, bolos, alimentando a nossa família”, disse Solange Maria, Aldeia Tamboril, em Mirandiba.

Como destaque do projeto, tivemos a construção de 150 fogões agroecológicos para mulheres, a maioria são de comunidades quilombolas e indígenas. “O fogão é uma tecnologia socioambiental, e para quem trabalha com beneficiamento de produção neste período em que o gás de cozinha no Sertão custa mais de R$150,00 reais, é um alívio e uma oportunidade de renda”, disse Sara Rufino. O projeto também equipou alguns grupos com equipamentos para a produção, como despolpadeira, liquidificador industrial, seladora, panelas, entre outros.

“O encontro foi um momento importante e fiquei muito feliz com o projeto de ter recebido o fogão. É ótimo e veio em boa hora! Nos ajuda na economia, com o desmatamento da caatinga usando pedaços de graveto para cozinhar. Desejamos que possa vir mais fogões para outras companheiras que ainda não tem, vamos continuar lutando para que possa conseguir mais.” Marcia Auderiza, agricultora indígena da Aldeia Tamboril, em Mirandiba.

“O projeto pra mim foi riquíssimo em detalhes, foi uma oportunidade única de economia, de mais desenvolvimento, mais produtividade. A gente teve a oportunidade de conhecer mulheres de outras comunidades, de produtos que elas desenvolviam e que passavam para a gente produzir também.” Maria Vilma, agricultora indígena da Aldeia Tamboril, em Mirandiba.

Para encerrar o encontro com uma imagem inspiradora, foi realizada uma troca de mudas e sementes entre as mulheres.

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